Compositor: Oriol Prieto / Porta / Moises Sanchez
Acordo relutantemente outro dia, e será o último
Poucos acreditam em mim, meu éden chega hoje
Eu assumo e não a duvido, eu juro
De coração, minha alma morta adverte
Não é uma ameaça, é uma mentira
Que acabou sendo certa
Deixei a porta aberta e uma carta
A escrita média é lida com dificuldade
Adeus mamãe e papai, dizia nela
Saí descalço, fraco, sem vontade
Me imaginei no chão, morto, e ninguém chorava
Ando por uma rua solitária
Tudo está escuro e está chovendo
As luzes da rua me observam
E passando o tempo, me dói
A ponta da minha lâmina me aperta, é ela
Chegarei ao fim da forma mais fácil
A vida não é bela
Eu procuro apenas estar sozinho agora
Em um labirinto sem saída
Parei de pedir a ajuda à Deus
Eu falo com minha consciência, sozinho
Ela me pede para puxar o gatilho
E tenho medo de dizer adeus
Desculpe se eu falhei mais uma vez
Tenho notado a vergonha ao olhar no espelho, mamãe
Perdoe-me, eu te peço!
Não sei se me explico
Estou sentado na varanda do sétimo andar
Mas já estou morto por dentro e eu estou cansado
Estou cansado de viver correndo sempre do passado
Fui covarde, eu desisti, mais de uma vez estive a ponto
A ponto de me libertar desta história incompleta, e já não luto
Páginas em branco, pintadas de vermelho do meu sangue
Eu não mereço nenhuma lágrima
Minha carta de suicídio chegou tarde
Eu assinei um documento com satanás
Para me liberar só tenho que saltar sem mais
Salto, salto a um vazio que nunca acaba
Passa minha vida pelos meus olhos e o tempo para
Para não ver minha cara mais, atire em mim, bah!
Minha alma pede a gritos para sair desse corpo já
Salto, salto a um vazio que nunca acaba
Passa minha vida pelos meus olhos e o tempo para
Para não ver minha cara mais, atire em mim, bah!
Minha alma pede a gritos para sair desse corpo já
E eu sinto como se já estivesse morto
Em um mundo de cegos, rei torto
Eu passo por um revestimento no porto
É verdade, não tenho nada para dar ou receber
Sorrisos alertas, vivo boquiaberto
E apenas escrevo, alguma coisa está fodendo minha mente
Me sinto como um filho adotivo
Muito impulsivo, me dizem
Cativo do negativo se voar é o fim
Que asas se deslizam
Calo melhores mentiras, após este intervalo
Ofereço rimas com a minha boca de tubarão
Em forma de palavras íntimas sem mímica
Se você não tem o disco do z, roube
Mas eu já não quero viver mais
É muito difícil
Quando eu morrer, esculpa em meu túmulo
Se você se apressar, eu fiz o feitiço
Da estupidez eterna
Eu sinto a rigidez em meus músculos
É libertador viver sem um futuro
Sentir a traição faz com que morra prematuro
É puro veneno que eu sinto, eu juro
Com raiva, sangrando sozinho, só sabia pedir desculpas
Quando eu era imaturo
Contar à minha mãe que a amava e eu sinto muito
Meu irmão olhando para as minhas palavras ao vento, quando sopra
Aos que me desejam mal, desejo-lhes o dobro
Para fazer de algumas peças um coração nobre
Salto, salto a um vazio que nunca acaba
Passa minha vida pelos meus olhos e o tempo para
Para não ver minha cara mais, atire em mim, bah!
Minha alma pede a gritos para sair desse corpo já
Salto, salto a um vazio que nunca acaba
Passa minha vida pelos meus olhos e o tempo para
Para não ver minha cara mais, atire em mim, bah!
Minha alma pede a gritos para sair desse corpo já
Estou sozinho em um silêncio que incomoda e grito
Escuta minha última palavra, leia minha última carta
Preste atenção, eu só peço isso, eu preciso
Caem gotas de suor e de meus olhos na minha carta de suicídio
Sinto por não poder dizer mais
Poucos chorarão, mas quantos se alegrarão?
Eu vi o meu nome em uma lápide e isso foi estranho
Quantos fardos eu carreguei para tão poucos anos?
Não há nada que me pare
Levo tanto tempo morto, dentro de mim não há nada
Tão só, sou outro corpo arrastado pelo vento
Tão violento que sopra o destino
Não há testemunhas, não há amigos, não há nenhum motivo
Apenas percorro o caminho, sei que nas portas do céu
Não há lugar para este peregrino
Deus? Parece ser mentira, hoje eu saberei se é verdade
Que após a morte, há uma outra vida
Hoje é segunda, terça, quarta, talvez pode ser quinta
Não sei porquê, mas em meus olhos já não chove
Suas memórias podem manter-me vivo
Se o exílio não quer me mandar direto para o esquecimento
Hoje é segunda, terça, quarta, talvez pode ser quinta
Não sei porquê, mas em meus olhos já não chove
Suas memórias podem manter-me vivo
Se o exílio não quer me mandar direto para o esquecimento
Salto, salto a um vazio que nunca acaba
Passa minha vida pelos meus olhos e o tempo para
Para não ver minha cara mais, atire em mim, bah!
Minha alma pede a gritos para sair desse corpo já
Salto, salto a um vazio que nunca acaba
Passa minha vida pelos meus olhos e o tempo para
Para não ver minha cara mais, atire em mim, bah!
Minha alma pede a gritos para sair desse corpo já
Salto, salto a um vazio que nunca acaba
Passa minha vida pelos meus olhos e o tempo para
Para não ver minha cara mais, atire em mim, bah!
Minha alma pede a gritos para sair desse corpo já